A Neuropsicologia contribui para a avaliação e reabilitação de pacientes com lesões cerebrais por meio da identificação e compreensão dos déficits cognitivos e comportamentais decorrentes dessas lesões. A avaliação neuropsicológica é um processo que envolve a identificação e a mensuração desses déficits, permitindo a elaboração de um perfil neuropsicológico do paciente. Com base nesse perfil, é possível desenvolver um plano de reabilitação neuropsicológica personalizado, que visa recuperar funções cognitivas prejudicadas ou perdidas, ou adaptar o paciente aos déficits adquiridos, visando ao mais alto nível de adaptação possível. A reabilitação neuropsicológica pode ser realizada por meio de intervenções no âmbito do funcionamento cognitivo, como o trabalho direto com as funções cognitivas (memória, linguagem, atenção, etc.), ou com um trabalho mais ecológico, no ambiente de convivência do paciente, junto de seus familiares, para que atuem como co-participantes do processo reabilitatório. Além disso, a Neuropsicologia também pode contribuir para a inserção ou reinserção de tais indivíduos na comunidade quando possível, ou ainda, na adaptação individual e familiar quando as mudanças nas capacidades do paciente forem mais permanentes ou de longo prazo.

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Quais são as fases do atendimento em psicanálise e como elas se relacionam com a adaptação e a normatividade?

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As fases do atendimento em psicanálise e sua relação com a adaptação e a normatividade são descritas da seguinte forma:

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1. Reestruturação psíquica inicial: Nesta fase, o atendimento visa ajudar o sujeito a sair da experiência subjetiva da doença, percebendo que ela não é um episódio fixo e insuperável. O psicanalista desempenha o papel de "passador", auxiliando o sujeito a atravessar a doença e a recuperar sua capacidade normativa.

 

2. Reconstrução do mundo interno do sujeito: Durante esta fase, o atendimento permite que o paciente reconheça uma continuidade psíquica profunda, apesar da fragilização da identidade. Aqui, a psicoterapia atua como um "continente", proporcionando suporte para a reconstrução do mundo interno do paciente.

 

3. Atualização e confronto com questões pessoais e existenciais: Na terceira fase, o paciente enfrenta questões pessoais e existenciais que a doença atualizou. O analista opera de forma mais clássica, e o atendimento não difere das psicanálises tradicionais.

 

Essas fases do atendimento em psicanálise estão relacionadas com a adaptação e a normatividade, pois visam auxiliar o sujeito na construção de um novo lugar para si a partir de uma nova normatividade. Através do processo terapêutico, o paciente é guiado na reconstrução de sua estrutura psíquica, na superação da experiência da doença e na confrontação com questões existenciais, promovendo assim a adaptação a novas condições e a busca por uma nova normatividade em sua vida.